O caos urbano que se
conhece em quase todas as cidades e provocado pelas cidades funcionais,
zoneadas através do político e decididas em gabinetes, leis, planos que não
funcionam, não saem do papel, caos reinante através do jogo político, do
conchavo e que proporciona a criação de parcelas cada vez maiores de cidades acríticas, lugares com necessidades primordiais faltantes.
A escala urbana deve representar
a complexidade da vida humana, nos cabe à reestruturação das cidades em
sistemas polinucleados, com dimensões máximas. Originadas na antiguidade,
continuadas nos burgos medievais, proporcionando às cidades a manutenção das suas dimensões controladas garantindo o
acesso aos recursos necessários à sua subsistência (alimento, água e energia)
nas proximidades. Regionalmente as cidades afastadas uma das outras conseguem
potencializar ao máximo os recursos disponíveis, que são diferentes de local
para outro, se dando no espaço atratividades diferentes para cada cidade. Um
sistema para ser sustentável deve se repetir de forma consciente e estudada.
No caso das metrópoles já
existentes, criar núcleos diferenciados e interrelacionados, de forma a não
centralizar e congestionar excessivamente as funções num único ponto, o que
sobrecarrega as infraestruturas, e não consegue gerar um crescimento
sustentável.
As medidas nesse sentido
que podem ser tomadas de forma quase imediata. A cidade é a maior produtora e
consumidora, mas parte desse esforço pode e deve ser aplicado na redução do
consumo através da eficiência e de uma reutilização dos recursos maximizada .
Diferentes
formas urbanas e arquitetônicas podem responder a um mesmo padrão de densidade,
quanto aos modelos para a densidade populacional e construída.
Diferentes
configurações de espaços abertos, distribuições de uso e condições
microclimáticas, através dos quarteirões que devem ser
trabalhados como a primeira escala urbana onde altera a configuração urbana de uma região. Através
do um equilíbrio entre as condições de compacidade requeridas para atingir
certas metas de economia de energia e racionalização do uso de recursos
naturais, materiais construtivos, e de manutenção ou à melhoria da qualidade do
ambiente externo.
Na nossa época dividimos a atenção entre a nanotecnologia,
viagens a Marte e outras realizações que nossa capacidade tecnológica
desenvolve para explorar e moldar o meio ambiente e o paradoxo de ao mesmo
tempo que cresce nossa capacidade técnica cresce também a destruição e
esgotamento ambiental devido ao consumo crescente e a exploração mineral e
industrial.
Estamos
nessa perigosa situação que evolui ininterruptamente, alimentada por duas
grandes forças que se reforçam mutuamente: um crescimento populacional
vegetativo sem controle não condizente com a capacidade finita do planeta para
atender todas as necessidades humanas e absorver seus variados e crescentes
resíduos, e uma tecnologia sem limites, aliada ao domínio voraz do homem sobre
a Natureza que altera, destrói numa escala industrial. Em virtude dessa atitude
o homem se encontra agora diante das mesmas limitações físicas que regulam
todas as populações biológicas: um planeta enfermo e com dificuldades para
sustentar a vida tal como ela existe hoje.
A
constatação dessas alterações em todo o planeta nos obriga a realizar um
reexame da nossa filosofia acerca dos recursos naturais e humanos, reconhecendo
e aceitando que, por termos deixado de levar em conta tanto a interação entre o
homem e todos os elementos do meio ambiente, como o cálculo preciso dos custos
reais que devemos pagar pela alteração ambiental, estamos comprometendo a
qualidade de vida do planeta e conduzindo o homem a situações sem dignidade, às
vezes irreversíveis e a morte. Mas esse fim apocalíptico pode ser remediado com
ações do agora, devemos estar conscientes do legado deixado por nossos
ancestrais e nos comprometermos com os nossos descendentes.