quarta-feira, 7 de março de 2007

faces de Juiz de Fora II

Loteamento & Comunidade

marketing urbano
cidade policentrica
participação social

O novo desenho de áreas residenciais sociais em Juiz de Fora é a imagem fiel de seu sistema de decisão: uma decisão centralizada produz uma imagem autoritária e homogênea: todo detalhe obedece a disciplina do todo.Produzem-se loteamentos, sem contudo prever sua sustentação (sustentação significando,qualidade de vida,serviços públicos e inclusão social), numa atitude imediatista, que busca resultados instantâneos e sem preocupação com a população.Têm-se hoje dezenas de assentamentos pela cidade precários distantes perigosos e o poder publico, agente legislador e controlador , nada faz para reverter esse quadro.Então se faz o loteamento....

Produzir uma comunidade é dotar sua população de poder de decisão sobre suas vidas e sem depender de medidas assistencialistas e paternalistas.Assim se oferecerá uma imagem complexa, refletindo heterogeneidade, evolução e cooperação de escalas sucessivas de planejamento.

A cidade é uma entidade física, com suas arquiteturas, ruas e elementos geográficos é também uma entidade social e estas são diretamente ligadas ao fator tempo-espaço: o locus, a relação singular que existe entre certa situação local e as construções que se encontram naquele lugar.(ROSSI:1995).Esta definição espacial, de espaço vivido e compartilhado por uma comunidade é a medida mínima para o entendimento do lugar.Assim compreendido , encerraria a característica peculiar de conter um ou mais acontecimentos determinados.Esses lugares são os signos concretos do espaço.

No locus acontece a transfiguração, a mudança perpétua, as necessidades de um todo urbano que influencia suas partes, e nessa mudança vai caracterizar um acontecimento, um signo, uma marca que fixou o acontecimento. As necessidades geram essa eterna transformação, o locus como fato singular determinado pelo espaço e pelo tempo, por sua dimensão topográfica, topológica e por sua forma, Por ser sede de acontecimentos antigos e novos, por sua memória.


A arte humana como locus / lugar é a criação da paisagem humana por excelência. Essa paisagem humana difere da natural pela artificialidade, transformação do meio natural e adaptação permanente do criado a suas novas situações. A cidade é uma paisagem humana na medida que tem imprimido em sua morfologia todo um processo humano de construção histórica, aonde idéias, ideais e correntes a pensaram, aonde o desejo individual e coletivo a edificou e aonde o aglomerado humano tornasse urbano.

O sítio tido como informal mas que reflete a realidade de nossas cidades: favelas, guetos de uma sociedade desigual que os deixa a revelia. Assim, os pobres se vêem ocupados com os problemas que diziam respeito à sua sobrevivência e, ao processo de urbanização. Tem de enfrentar como podem a necessidade de inventar empregos, lugares de moradia, transporte, saneamento, opções de lazer.áreas desprezadas por ocupantes anteriores, constroem, de qualquer maneira, favelas em sítios impossíveis e proibidos; periferias: para suas cidades novas.

Assim parece evidente que enquanto a arquitetura estiver aderida a regras de homogeneidade e à repetição de elementos idênticos, à disciplina de materiais, à simetria, ao seu caráter inflexível auto-infligente e imutável, e às três unidades do drama (ação, lugar e tempo), ela permanecerá militarista não sendo capaz de expressar os valores de uma sociedade complexa, criativa, dinâmica e democrática.

Não poderá ser, por definição, outra coisa senão um regime totalitário; esta é a situação que caracteriza nossa era.as idéias só terão forma através da participação calorosa da comunidade (mesmo que um grupo bem pequeno). através do estudo objetivo da complexidade dos usuários e por prestar atenção nos habitantes reais e não nas abstrações que o arquiteto gostaria que eles fossem (que é o que acontece invariavelmente). Isso evitaria reduzi-los a uma média insignificante.

terça-feira, 6 de março de 2007

limpeza urbana x qualidade de vida

Eu ia continuar escrevendo sobre Jf..mas vai ai minha indignação sobre a limpeza urbana de JF..

Diariamente trafego pelas ruas de Jf e fico perplexo com que vou relatar:

a limpeza urbana, o recolhimento de lixo domestico, comercial, hospitalar, etc; é uma das medidas básicas para a manutenção dos padrões de higiene e saúde da cidade. O recolhimento e destinação do lixo é obrigação do munícípio e todos pagamos por esse serviço essencial.
Nas principais avenidas, nos corredores de bairro, nas ruas locais é fragante o recolhimento inadequado do lixo. De um lado as adaptações nos caminhões de lixo para que as lixeiras fossem entornadas mecanicamente foram completamente abandonadas. Ergonomicamente mais adequada ao trabalho dos garis, diminuindo o esforço repetido por milhares de vezes de jogar o lixo na caçamba; Do outro, indiscriminadamente o chorume, o liquido residual da decomposição do lixo, é lançado nas vias, formando poças de material infectante por onde o caminhão passa e para para a coleta. O chorume do lixo pode provocar desde uma diarréia a hepatite em quem for exposto e quando seco atrai moscas e baratas, sendo assim um foco de doenças provocado por quem tem a obrigação de zelar pela a limpeza urbana e a consequente qualidade de vida da população.
a solução do problema do chorume esta na colocação de tanques de armazenamento embaixo dos caminhões, para o lançamento em local adequado no aterro sanitário. Já a questão da qualidade de trabalho dos garis, só a organização da classe poderá reveter o quadro de descaso com suas condições de trabalho.

Urbarquitetura

  • termo que se refere ao pensamento da coisa urbana, da distribuição racional, intencional, com tecnica sobre o território.