Leituras Tecno-Comunitárias:
O questionamento de fazer parte da cidade, o desejo de melhorá-la, a consciência do papel de cada um, a mobilização da sociedade, das comunidades; a busca do consenso na busca do desenvolvimento sustentável local e municipal. Pela primeira vez na história os cidadãos anônimos, viram-se co-responsáveis na construção coletiva do futuro de suas cidades, deixando de serem apenas eleitores para assumirem responsabilidades em um cenário em que suas opiniões passam a ter maior influência nas decisões.
A responsabilidade assim de quem promove essa mudança é de também mudar com ela, atuando com o objetivo da consolidação de uma cultura política participativa, emancipatória, includente, ética e responsável.
O diagnostico local é a fase que fundamenta e orienta todo o Plano Diretor Participativo das cidades. Processo de reflexão, discussão e decisão que tem por finalidade definir a cidade que se tem e a cidade que se quer no futuro. Não sendo um plano de governo, mas um Projeto de Cidade participativa, construído com toda a sociedade . A busca do entendimento do status quo, não envolvendo apenas questões ideológicas, mas sim de um método de investigação da realidade pelo estudo de sua ação recíproca. Buscando a visão da transição da política de massas para a política de grupos, da democracia participativa que exige uma mudança profunda do atuar coletivo. Ora marcado por conversas, ora por dinâmicas, cada parte da cidade mostrou seus problemas, sua potencialidades, e os caminhos que poderiam seguir. Os problemas mais marcantes (que se repetem em quase a totalidade do município): de infra-estrutura, de saneamento básico, de saúde, de educação, de emprego; demonstram sucessivas gestões públicas que deixaram a população guiar-se a própria sorte, sem um comprometimento na construção coletiva do espaço sócio-territorial da cidade.
O questionamento político de grande parte da população descrentes com o poder público e de seus “representantes”, a desconfiança de ser mais plano de gaveta, não aplicável foi o maior entrave a participação efetiva. Por outro lado a busca de uma oportunidade discreta de enfrentamento fez com que as reuniões mais modestas quantitativamente tivessem qualitativamente representação dos grupos e forças que constituem a comunidade.
segunda-feira, 26 de junho de 2006
quinta-feira, 8 de junho de 2006
Região metropolitana de Juiz de Fora
A Cidade de Juiz de Fora, cidade pólo da Zona da Mata mineira é para os municípios de seu raio de influência uma referencia de Serviços; Educação, Saúde de Alta complexidade, profissionais liberais das mais diversas áreas. Local de possibilidades de emprego, um horizonte de possibilidades, em meio a segunda região mais pobre do estado de Minas Gerais. Mais que uma cidade, um complexo de possibilidades para as cidades de seu entorno. Criando uma interdependência que proporciona efeitos que ora se complementam, ora geram conflitos.
O planejamento de Juiz de Fora, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, o Plano Estratégico, o Plano PluriAnual, refletem investimentos que indiretamente atingem os demais municípios. Planejar a cidade sem contextualizá-la cria e mantém o abismo entre a cidade e a esfera de influencia. Acarretando patologias decorrentes de um planejamento unilateral tais como: O crescimento urbano desordenado e favelização de parcelas da população provindas do êxodo regional, violência, criminalidade, diminuição da qualidade de vida, entre outros. O pensamento de planejar em conjunto, em rede, de uma forma regional, compreendendo as relações complexas estabelecidas entre cidades e intra-urbano, determinadas e determinantes dos efeitos urbanos amplia as possibilidades de compreensão das transformações que decorrem, e amplia as condições de intervenção de forma harmoniosa para o conjunto. Entendo que o processo de planejamento é um meio de se atingir um dado objetivo no decorrer do tempo e não um fim específico de resolução de problemas particulares.
O processo de planejamento das cidades de influência deve entender como a cidade pólo de organiza, com suas peculiaridades, pontos de atrativo e repulsão, a forma que a cidade influenciada vê seu papel de uma forma que possa gerar harmonia no planejamento pontual e do conjunto na construção de uma rede de planejamento que em médio prazo acabe com o gargalo de investimentos para a cidade pólo, crie possibilidade de crescimento e autonomia municipal. Buscando a criação de um planejamento interurbano, observando os fluxos de comercio, pessoas, idéias, investimentos, O caráter integrador do ambiente natural em bacias hidrográficas; numa visão estratégica de sustentabilidade do conjunto.
O processo de desenvolvimento local para ser sustentável a longo prazo deve haver o empoderamento dos atores responsáveis por conduzi-lo. Este pressupõe a capacidade dos atores sociais de agenciar processos de autonomia individual e coletiva e de estabelecer articulações de natureza política. O desenvolvimento humano includente e emancipatório, um processo de desenvolvimento que dissemine a capacidade de fazer política, democratizando a política e o poder. Assim, ampliando a base dos agentes decisórios, multiplicando o número de agentes capazes de poder manter essa base em ritmo contínuo de manutenção e expansão.A visão multifacetada de buscar a transversalidade nas decisões locais, a organização social ativa nos municípios, no intento do exercício da autodeterminação e da descoberta das potencialidades locais aliada ao auxilio de instituições que interagem na escala regional, podem possibilitar uma alavancada inicial nos processos de desenvolvimento local, buscando a complexidade, a diversidade, a identidade; fugindo do lugar comum da homogeneidade, dependência e desorganização que favorecem apenas a grupos de interesse escusos, e não a sociedade como um todo.O planejamento na esfera regional pactuado entre a sociedade civil atuante representada por poderes constituídos, organizada em uma legislação prática e eficaz, com focos de ação pré-estabelecidos, a pequeno, médio e longo prazo, pode possibilitar a conformação de regiões de desenvolvimento em cidades-pôlo, em uma estrutura em rede horizontal, multilateral, complexa, dinâmica, includente e sustentável. Regiões que devem interagir com outras na busca criando uma nova conformação territorial que ultrapassará as fronteiras políticas.
O planejamento de Juiz de Fora, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, o Plano Estratégico, o Plano PluriAnual, refletem investimentos que indiretamente atingem os demais municípios. Planejar a cidade sem contextualizá-la cria e mantém o abismo entre a cidade e a esfera de influencia. Acarretando patologias decorrentes de um planejamento unilateral tais como: O crescimento urbano desordenado e favelização de parcelas da população provindas do êxodo regional, violência, criminalidade, diminuição da qualidade de vida, entre outros. O pensamento de planejar em conjunto, em rede, de uma forma regional, compreendendo as relações complexas estabelecidas entre cidades e intra-urbano, determinadas e determinantes dos efeitos urbanos amplia as possibilidades de compreensão das transformações que decorrem, e amplia as condições de intervenção de forma harmoniosa para o conjunto. Entendo que o processo de planejamento é um meio de se atingir um dado objetivo no decorrer do tempo e não um fim específico de resolução de problemas particulares.
O processo de planejamento das cidades de influência deve entender como a cidade pólo de organiza, com suas peculiaridades, pontos de atrativo e repulsão, a forma que a cidade influenciada vê seu papel de uma forma que possa gerar harmonia no planejamento pontual e do conjunto na construção de uma rede de planejamento que em médio prazo acabe com o gargalo de investimentos para a cidade pólo, crie possibilidade de crescimento e autonomia municipal. Buscando a criação de um planejamento interurbano, observando os fluxos de comercio, pessoas, idéias, investimentos, O caráter integrador do ambiente natural em bacias hidrográficas; numa visão estratégica de sustentabilidade do conjunto.
O processo de desenvolvimento local para ser sustentável a longo prazo deve haver o empoderamento dos atores responsáveis por conduzi-lo. Este pressupõe a capacidade dos atores sociais de agenciar processos de autonomia individual e coletiva e de estabelecer articulações de natureza política. O desenvolvimento humano includente e emancipatório, um processo de desenvolvimento que dissemine a capacidade de fazer política, democratizando a política e o poder. Assim, ampliando a base dos agentes decisórios, multiplicando o número de agentes capazes de poder manter essa base em ritmo contínuo de manutenção e expansão.A visão multifacetada de buscar a transversalidade nas decisões locais, a organização social ativa nos municípios, no intento do exercício da autodeterminação e da descoberta das potencialidades locais aliada ao auxilio de instituições que interagem na escala regional, podem possibilitar uma alavancada inicial nos processos de desenvolvimento local, buscando a complexidade, a diversidade, a identidade; fugindo do lugar comum da homogeneidade, dependência e desorganização que favorecem apenas a grupos de interesse escusos, e não a sociedade como um todo.O planejamento na esfera regional pactuado entre a sociedade civil atuante representada por poderes constituídos, organizada em uma legislação prática e eficaz, com focos de ação pré-estabelecidos, a pequeno, médio e longo prazo, pode possibilitar a conformação de regiões de desenvolvimento em cidades-pôlo, em uma estrutura em rede horizontal, multilateral, complexa, dinâmica, includente e sustentável. Regiões que devem interagir com outras na busca criando uma nova conformação territorial que ultrapassará as fronteiras políticas.
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Urbarquitetura
- termo que se refere ao pensamento da coisa urbana, da distribuição racional, intencional, com tecnica sobre o território.